Papos Quânticos III— Marcelo Lapola
Esse texto faz parte de uma série de entrevistas que estou fazendo com especialistas da área de computação/física quântica. A ideia é trazer pessoas de diversos contextos: academia, indústria, comunicação científica etc. Fiquem de olho nas próximas entrevistas!
Fale um pouco sobre você.
Sou pesquisador e professor de física. Fiz minha graduação na Minha Unesp (campus de Rio Claro — SP). Atualmente estou terminando meu doutorado direto no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em São José dos Campos.
Minha área de pesquisa é a Cosmologia e Astrofísica, com foco na busca por teorias estendidas de gravitação.
Dou aulas de física também para o Ensino Médio é fundamental no colégio particular @colegioeduq.
Também sou colunista da Revista Galileu, com a coluna mensal “Quânticas” onde abordo temas ligados a física, em especial a física moderna.
Além da Física, gosto muito de literatura, teatro, e música. Sou um aprendiz tardio de piano…(tentando aprender, rsrs)
Como começou a trabalhar com divulgação científica? Quando surgiu esse interesse?
Já escrevia sobre ciência em jornais locais da minha cidade natal (Rio Claro). Aí, recebi um convite da Galileu para ser colunista.
Atualmente, quais são os grandes desafios de se trabalhar com divulgação científica em física moderna? Quais temas considera particularmente desafiador de se abordar?
É um desafio saboroso e de muito aprendizado pra mim, explicar os temas mais fascinantes da física, sobretudo os da física moderna, para o público em geral. É preciso ter o compromisso com a precisão dos conceitos e ao mesmo tempo explicar tudo com a máxima simplicidade possível, para que todos possam entender. É isso me faz aprender muito também!
Qual foi o tema da física que mais te fascinou/fascina?
Minha área de pesquisa, que tem como base a Relatividade Geral, sempre mês fascinou desde criança, quando ainda eu não entendia (ahaha). Também adoro a Teoria Quântica de Campos, que ampara a Física de partículas.
Como as pessoas, dentro ou fora da área de comunicação científica, podem ajudar a combater a crescente onda de negacionismo científico?
Nós precisamos combater o negacionismo com informação, e com caminhos de referência mais diretos. Na era da informação que vivemos, cada um de nós passou a ser uma mídia poderosa, com nossas redes sociais, nossos conteúdos e seguidores. Assim, cada um pode fazer uma pequena parte para que na soma tenhamos um todo de informações corretas e atrativas para inspirar quem se deixou fanatizar pelas fake News. A cura é a informação. Cientistas precisam sair de suas torres de marfim e vir para essa arena social no combate às fake News.
O que considera essencial para uma comunicação eficiente?
Simplicidade, objetividade, frases que sejam ao mesmo tempo curtas e inspiradoras, sem deixar de lado a precisão dos conceitos.
Algum conselho pra quem está iniciando na área de comunicação científica?
Leia, leia os grandes divulgadores (Carl Sagan, Neil DeGrasse Tyson, Stephen Hawking, Richard Dawkins, etc). Lendo, esses e outros será inevitável a vontade de escrever.
De novo, obrigada por participar!
Imagina! Eu quem agradeço